Instinto materno - você acredita?


instinto
ins.tin.to
sm (lat instinctu) 1 Estímulo ou impulso natural, involuntário, pelo qual homens e animais executam certos atos sem conhecer o fim ou o porquê desses atos. 2 Inspiração. 3 Tendência ingênita dos animais. 4 Aptidão inata. 5 Psicol Resposta adaptativa complexa, não aprendida. 6 Psicol Impulso congênito acompanhado de excitação emocional. sm pl Formas de comportamento dos organismos não adquiridas durante a vida do indivíduo, mas herdadas (hábitos raciais). I. gregário, Zool: tendência inerente de congregar-se ou reagir em uníssono.

Fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=instinto

A Camila lançou essa pergunta no blog dela e como se tratava de um assunto que eu estava pensando há tempos em postar, aproveitei esse momento.

Está aí um assunto polêmico, e longe de ser unanimidade.
Eu não acredito em instinto materno.
Ninguém nasce sabendo o que é ser mãe.
Quando o bebê nasce, as mães se comportam de maneiras muito diferentes. Algumas mulheres acolhem seus filhos, protegendo-os, acariciando-os, mimando-os. Outras mulheres acham aquele serzinho até bonitinho, mas tem medo do que vem pela frente. Outras mulheres desprezam seus filhos. Outras colocam seu bebê no lixo. Ok, ok, eu sei que existe depressão pós parto, mas aí é outra conversa, e a própria depressão não é instintiva.
Quando o bebê chega em casa, tratamos nossos filhos de maneira também diferente. Algumas mães adotam o cama compartilhada, outras mães colocam seus filhos no carrinho do lado da sua cama, outras mães colocam seus filhos no quarto da criança, outras mães terceirizam o cuidado noturno e mal vão olhar se seu bebê está bem, mesmo que o recém nascido esteja aos berros.
Nós mães mudamos de idéia e de comportamente com nossos filhos. Às vezes defendemos uma idéia de educação antes de engravidar, mudamos de opinião quando estamos grávidas, e mudamos de comportamento várias vezes quando temos filhos, até nos adaptarmos aquele novo ser.
Como mães, acordamos as vezes jurando para nós não iremos gritar com nossos filhos, mas ao menor sinal de birra já estamos nos descabelando. Ou, no dia seguinte, a casa está caindo e somos as mães mais calmas do mundo.
Sentimos raiva dos nossos filhos, pelos mais diversos motivos. Ahhhh, você está dizendo que nunca sentiu uma raivinha que fosse do seu filho?
Você nunca ficou brava porque seu filho não dormiu de jeito nenhum, quando você estava podre de cansada e tinha dado toda a atenção do mundo para ele, o dia inteiro? Ou ficou p... porque você fez a comida mais saborosa e saudável e ele nem quis experimentar? Ou ainda, sua vontade era de sumir do mapa quando você só deu atenção e ele ainda faz aquela birra por um motivo banal?
A gente aprende a ser mãe. Aprende a amar. Aprende a tolerar. Aprende a ter paciência. Aprende a educar. Aprende a relaxar e curtir mais a maternidade.

Acredito sim em intuição. Temos intuição em relação aos nossos filhos, porque geramos eles, convivemos com eles, conhecemos suas necessidades e vontades. A criança está alí brincando e você diz - "Ele não está bem, acho que está com alguma dor, febre." Como assim brincando e com febre? Simplesmente sabemos porque conhecemos nossos filhos, conhecemos seu olhar, seu gesto, sua voz .
Ou então você está no trânsito pensando no seu filho e a diretora da escola liga falando que ele não está bem. Instinto? Não, intuição materna, também desenvolvida.

Nesta última semana ouvi de três pessoas que eu nasci para ser mãe. Fico até surpresa com isso. Quando eu era adolescente eu achava um saco sem graça as crianças. Quando adulta, eu achava até bonitinhas as crianças, mas achava que aquele negócio de maternidade não era para mim, achava algo bem distante. Quando minha primeira sobrinha nasceu senti um "q" diferente no meu coração. Passei a olhar as crianças com um olhar diferente, de admiração, com aquela vontade de ficar perto. Passado alguns longos anos, decidi que era minha hora de ser mãe. Engravidei, curti demais a gravidez. Quando minha duplinha nasceu assumi integralmente o papel de mãe, não só no tempo, mas no coração, no corpo e na alma.
Aprendi a ser mãe, aprendo todos os dias. Erro, acerto, choro, fico triste comigo, festejo meu sucesso. Sou apaixonada pelos meus filhos, amo-os profundamente.
Acho que a nomenclatura está errada, ao meu ver o que existe é intuição e não instinto materno.
Acho que existe um dom divino também, a ser desenvolvido. Ops, dom? Mais polêmica. rsrs
E como diria o maridex: "Temos talentos escondidos experando para serem revelados."

E você, acredita em instinto materno?

3 comentários:

Chlóe Croient disse...

Oi Roberta, eu ainda não sou mãe mas concordo plenamente com você! Ser mãe eu acredito ser um aprendizado diário e, nem todas as mulheres foram feitas para isso....

Pâmela disse...

Oi Ro! Acho que intuição materna cai melhor mesmo! Instinto me lembra algo que independe de você, da gente, e intuição a gente desenvolve, ou pq está mais atenta, observadora, enfim...
Acredito em algo que vai brotando dentro da gente depois da maternidade que nos torna mais ágeis, rápidas no pensamento, melhores em certas coisas e isso tudo acredito que surge para suprir as necessidades e demandas de uma criança.
Eu amo ser mãe, sempre pensei nisso, e nunca me enxerguei de outra forma (sem ser mãe)...e é isso rsrs
bjos

Gabi disse...

Roberta, eu acredito que a mãe nasce mesmo, com o filho, esse tal de instinto funciona sim, em muitos momentos, mas olha, ser mãe é um dom, não é para qualquer uma uma não...
Beijos
Gabi
www.minhas3meninas.com.br

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