Grudes

Há muito tempo atrás eu vi um SOS Babá (estilo Super Nanny) onde o que a criança precisava era apenas da presença do pai. Era uma criança danada, teimosa, agressiva. Já no final do programa o pai estava sentado no chão lendo um livro mas de olho no filho que brincava, participando da brincadeira quando solicitado pelo menino, e a criança estava calma, solícita, obediente e feliz - tudo porque ela tinha simplesmente o pai por perto.


Tenho filhos super grudes, como eu sempre digo grudes-melecas-gosmentas (no bom sentido, gente!). Eles grudam em nós mesmo. Se eles estão na sala brincando e eu vou ao banheiro, eles já estão me chamando. Se eu resolvo deitar por 5 minutos (doce ilusão) eles já sobem na cama e fazem bagunça para chamar a minha atenção. Onde eu vou eles vão atrás. Nem sempre eles pedem a minha participação nas brincadeiras, mas me querem por perto. Quando o papai está em casa eles chamam mais pelo Papai Papu, mesmo porque o pai é o grande brinquedão preferido deles.


Me dá um prazer enorme em beijá-los, abraçá-los, agarrá-los, apertá-los. Digo o dia inteiro que os amo. Confesso que também cansa, estresso, choro, filhos demanda muita energia e atenção, mas meus gêmeos é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.


Às vezes me pergunto se é normal tanta dependência, e minha mãe (voz da experiência, salve, salve) diz que sim, inclusive porque fico com eles praticamente 24 horas, sou referência para eles. Eu sinceramente acho que é fase, eles enquanto forem crianças vão sempre querer a presença dos pais, e a autonomia e independência vai aumentando aos poucos.


E como diria meu maridex:
- Vamos sentir saudades de tudo isso. Daqui a pouco são adolescentes, depois adultos, e tudo o que a gente mais vai querer é tê-los por perto grudando na gente.